Conheça o enredo do Engenho da Rainha

Nosso enredo permeia o imaginário coletivo de lendas que encontramos na natureza brasileira. 

“Juro que vi” é ou que sempre ouvimos de pessoas que vivem próximas à locais onde essas lendas 

nasceram. Sempre há um “contador” que puxa o banco e conta muitas dessas histórias.

Essas histórias começam no cair da noite, no vento que surge do nada e nos sons que a coruja e 

os grilos orquestram, formando uma sonoplastia característica para esse ambiente. E nesse 

momento lembra-se da lenda da criação das estrelas.

Ao adentrar a mata, lembramos que a natureza é seio desse lendas como o curupira, o saci, o boto 

cor-de-rosa e do lobisomem. Ainda dentro da mata, esses “causos” envolvem a bela sereia, a mãe 

do ouro, uma revoada de gralhas azuis, a mula sem cabeça e a vitória régia.

“Juro que vi” lembra o cancioneiro popular, relembra a cultura brasileira e se inclina em lendas que 

também foram contadas por Camara Cascudo, deveras importante para mantermos viva a memória 

cultural de um país tão rico em estórias populares.

Puxa um banco pra perto, um dedo de prosa vou contar

Tem muito causo e mistério, coisa pra “danar”

Uns dizem que é superstição, criação e bestagem

Mas só que vive, sente e sabe os causos das cidades

Cai a noite derrepente, e mais estórias chegam com o vento

O “arrupio” da coruja com o “grilar” dos grilos

Olham pro céu e vejam as estrelas, que são olhos abertos à vigiar

Suas mães que um dia não quiseram mais encontrar

A Natureza nunca nega, seu chão sempre nos mostra algo

Eu não duvido, nem afirmo, nossa identidade, retratada na arte

Do moleque preto, do moço bonito, dos homens que viram bichos

O imaginário coletivo nunca fica no dito por não dito

Ouvi o canto da sereia, e ao fechar dos olhos

Senti o beijo carinhoso de uma mãe dourada

Um abraço apertado, e me assusto com uma revoada

São criaturas da floresta, que por muitas no rio são encantadas

Foi tanto causo, tanta estória, que o dia acordou, o sol vai clarear

Nossos personagens descansam na memória

E nos livros, para despertar em nossa imaginação

As cores vivas trazem um novo cenário, trazem emoção…

Tem gente que diz que não é verdade essas histórias, mas quem me contou, disse:

Juro que vi!

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